segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A Morte de um Leão
Passeava pelos campos de minha imaginação quando eis que vi um leão que rugia ansioso de fome. Seus dentes estavam famintos e a minha espera o seu rugido dançava no ar e me seduzia a chegar mais perto e cair em sua armadilha. Este leão seria a minha tentação, seriam meus medos, meus defeitos, minhas repreensões, seria a parte de mim, a que mais odiava. No fundo eu sabia que eu deveria partir para briga, mata-lo e assim impedi-lo que ele me devorasse.
Queria sorrir, queria conseguir pelo menos ter uma mascara e tapar minhas lagrimas e tristezas profundas, mas nem isso eu tinha força suficiente, além de não ser corajoso o suficiente para isso, eu precisava deixar que minha tristeza saísse de um jeito ou de outro de minha alma, por um motivo ou de outro, eu sabia que isso ajudaria a minha cura.
Já tinha sofrido de mais e o leão não parava de me seduzir com sua formosura, mas além de minhas emoções serem tão idiotas a ponto de cair em qualquer armadilha, eu tinha um pouco de razão do meu lado e isto me fazia ser inteligente e ver as coisas de outro modo, sendo assim consegui ver uma águia vindo do céu, vindo lutar a meu favor, a águia era bela e formosa, não tinha rugidos, mas ao ouvir o bater de suas asas mal conseguia ficar de pé e em seus olhos havia uma chama infinita que brilhava e soltava faíscas, aquilo me fazia derreter e sorrir, glorificando o nome do Santo Deus.
A águia com sua incrível velocidade e força destraçou o leão, o qual foi levado pelo vento das asas da formosa ave que me visitou e guerreou por mim. Por um momento eu me conheci, apesar de meus erros, eu vi meus acertos, e entrei na aventura do verdadeiro “eu”.