terça-feira, 28 de junho de 2011

Becos da Vida

Andei para todos os lados em busca de uma saída qualquer. Mas a escuridão que mergulhava no céu não ajudava, não havia luz e em por trás de mim havia inimigos, do lado havia a morte e na esquerda havia espadas sedentas pelo meu sangue e por fim em minha frente havia um mar, grande e fundo, impossível de atravessá-lo.
O beco que decidi abrigar em minha vida era escuro, deveria ter pensado antes, deveria ter deixado o orgulho, o ódio, o pessimismo para trás, mas decidi vestir meus defeitos e seguir a vida, mas como um alvo que desvia de sua direção certa eu me desviei. Não culpo meu coração por isso, não culpo por ele querer me enganar, afinal eu nunca pensei nele, sempre fui egoísta e nunca pensei que é ele quem pulsa meu sangue todos os segundos.
Naquele momento de medo, amargura e arrependimento lembrei-me de um nome que todos falavam, mas ninguém me explicava ou me levava a Ele, Jesus. A única coisa que escutei sobre Ele, foi que Ele morreu por nós e é misericordioso e que Seu Pai, fez um homem abrir o mar com um simples cajado.
Foram as únicas coisas que escutei.
Usei meus joelhos e minha fé e se este Homem realmente existia e se eu estivesse realmente fé Ele iria me usar, me sondar e me curar. Meus joelhos racharam, mas meu coração cicatrizou , senti algo maior dominar-me, sentir uma chave de madeira permanecer em minhas mãos e com esta chave de madeira eu abri o as portas de águas, eu passei pelo mar, passei pela maior dificuldade, meus inimigos se afagaram, as espadas me temiam e a morte não tinha autoridade sobre mim, e por fim tirei meus orgulho, minhas amarguras e permaneci na presença do Pai, permaneci salvo e vitorioso.

“Deus nos coloca em um beco onde não há saída para vermos que com Ele saibamos que somos capazes de abir o mar” - Pastor Wilbert da Silva.

"Para Aline a pescadora de Sonhos e Almas

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Invisibilidade
Sempre espero pelo carteiro trazer cartas com noticias boas sobre minha vida, mas o tempo é tão lento e tão crucial que é como se esperasse que o vento sumisse, nada mais é do que toda uma eternidade. As vezes me sinto preso em uma sala de vidro onde a humanidade assiste minha vida dolorosa e morta, quando não são flashes são cometários e criticas e nunca um sorriso que seja verdadeiro, isso desde então me fez cego. Me fez acreditar que sou um ser humano tão imprestável como um papel amassado e tão invisível quanto o ar que enche meus pulmões.
Sempre ouço em um dos meus ouvidos a voz do Bom Senhor me dizendo que posso levantar meus olhos e curar minha visão com minhas fé, mas no outro ouvido escuto um murmuro de um ser infeliz dizendo que não sou um nada e que se me levantar a queda vai ser tão dura que não vou ter forças para coletar meus pedaços.
De filho para Pai. Eu oro todas as noites, manhãs e tardes para que o tumulo feito para mim seja ocupado por barros e peço o melhor para mim. Sinto-me sozinho e perdido entre as estrelas e as nuvens, sinto-me um pássaro perdido de seu bando, sinto-me um colar sem alguém para usar.
Me pergunto porque fico sozinho, mas meu coração pulsa que não estou. Começando a acreditar eu penso nas esperanças de um dia o carteiro aparecer e dizer boas noticias, penso na possibilidade de um dia minhas lagrimas ser um desabafamento de minhas torturas. Sonho com o que é impossível, sonho com uma parte que não é de mim.
Um rosto quebrado. Novamente de filho para Pai eu pedi ajuda. Clamei por minha vida. Comecei a acreditar que um dia ajoelharia em uma rocha dura e seca e em um momento sentira uma chuva de Gloria e Unção. Senti algo florescer em mim, senti a invisibilidade se esvair, senti o ar que enchia meus pulmões também me darem força e fé, observei os vidros de minha cela se quebrarem e os “telespectadores” fugirem de medo, por minha força. E esta força era eterna e se um dia eu ficasse em pedaços seria esta a força que me levantaria.

“Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, EU TE AMEI E SEMPRE VOU TE AMAR. Um amor extraordinário de PAI para filho.”