sábado, 2 de outubro de 2010

 
Cave, entre e enterre

Meu passado me perturba cada vez mais, olho para trás fico mais e mais sem defesas.  Ele é uma criança que não sabe se quer viver ou morrer, ele se esconde através de paredes e muros, altos e baixos para ninguém poder raptá-lo antes que ele decida o quer. Com seu brinquedinho no braço que ao mesmo tempo sabe sobre tudo e não sabe sobre nada, o brinquedo que é o presente e o futuro fica cada vez mais e mais frustrado, não agüenta arrependimentos e decisões erradas, as quais o afeta cada vez mais e mais. O passado deixa o brinquedo cair das mãos dele e ir direto ao chão, por motivo de invejas e escolhas erradas, mas o brinquedo não tem nada a ver com isso, afinal ele é apenas o centro de tudo, mas não sabe e nunca vai saber.
O passado já tem o buraco cavado e pronto para entrar e ser enterrado por toda eternidade, mas ainda está em dívidas, cada dia que passa ele se esconde e foge, mas está cada vez mais fácil dele cair na armadilha, o brinquedo tem de tomar cuidado, pois uma escolha dele e pode dar tudo errado. Tijolo por tijolo nós construímos uma casa, onde todas memórias e lembranças do passado serão trancadas, e ela não deixara de ser um vago.
Ele caiu, entrou na casa e perdeu todas as lembranças, correndo com medo do brinquedo que agora está enorme, veloz e mais forte, ele cai dentro do buraco profundo, enterre, enterre e enterre...
“Dedico a todos que estão prestes a enterrar o passado e deixar que o brinquedo viva em paz.”


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